sexta-feira, dezembro 16, 2011

A PROMESSA

Ano acabando e minha promessa tem prazo a vencer.
O exíguo período de tempo restante me faz duvidar, de forma incessante, da força dos santos em quem confiei. Ou seria falta de merecimento? Em meio ao balanço das ideias, minhas crenças vacilam.
Contudo, o ciclo de 365 dias ainda não findou. O prazo, assim, não expirou. E isso me renova a fé.
Penso novamente.
Por fim, prefiro acreditar. Sonho com uma sabedoria superior. Certamente essa poderá solucionar o caso em um único instante, não obstante... Nada obstante! Tenho fé. Não é verdade que ela remove montanhas?
Retiro-me em ansiedade preferindo crer. Talvez tenha que renovar as crenças para o ano vindouro, é certo. Talvez... somente talvez. E isso me faz acreditar!


Foto: arquivo pessoal.  Basílica de Nossa Senhora Aparecida – Aparecida –SP.

sábado, julho 16, 2011

HOMENAGEM A ANTÔNIO PORTO DE CASTRO JUNIOR

  Um grande homem se perfaz em dois aspectos: um de ordem moral; e o outro se constitui em âmbito intelectual. Poucos e raros são os que atingem excelência em ambos.

Antônio Porto foi raridade nesta vida terrena. Ultrapassou a barreira do comum com naturalidade, despertando reconhecimento e admiração por parte dos que o conheciam.
Privilegiados foram aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ser de tamanha grandeza. O cotidiano do Portinho revelava uma existência de engrandecimento cultural e elevação. O modo polido de se portar confirmou a genialidade também na seara moral.
Amava sua família de forma incondicional. Chamou por sua mãe, sua esposa e seu filho até os últimos dias de sua vida.
O poeta Antônio Porto prezava por um português falado e escrito de forma correta e gostava da simplicidade, dos mais humildes, abominando as ostentações e as coisas materiais.
A medida de tudo isso ficou em nossos corações. Contrariando Vinícius de Morais, foi eterno, pois sua chama nunca se apagou. Fez-se infinito...
                            Edilson Santana G. Filho e Antônio Davi Macedo de Castro


Foto: arquivo pessoal. Montoya - Punta Del Este - Uruguai.

sexta-feira, abril 08, 2011

CRESCIMENTO


Léon Denis, eminente e reconhecido estudioso francês, defensor da ideia de existências sucessivas (reencarnação), aduz que “à saída de cada vida terrestre, a alma colhe o fruto das experiências adquiridas; aplica suas forças e faculdades no exame da vida íntima e subjetiva; procede ao inventário de sua obra terrestre; assimila as partes úteis e rejeita o elemento estéril.” *

Seria necessário, todavia, aguardar a morte para realizar tal reflexão?

Não se pode negar aplicar-se ao ser humano a lei do progresso. Pode ele, assim, melhorar-se, evoluir. E mais, o que foi dito pode ocorrer dia-a-dia, hora-a-hora, minuto-a-minuto.

Imperioso dedicar-se, destarte, diuturna e disciplinarmente, a uma auto-observação própria e constante, de modo a permitir melhora individual, resultante, em última análise, em resultado geral (coletivo), tendo em conta a premissa segundo a qual mudanças na parte modificam o todo.

Trata-se, pois, de exercício altruísta, ao inverso do que se pode imaginar aprioristicamente.

* DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor
 


Fotos: arquivo pessoal. Praia de Jericoacoara - Ceará - Brasil.