"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo"
domingo, dezembro 23, 2007
O CASO DA MENINA ISABELLA SOB A ÓTICA JURÍDICA E RELIGIOSA
quarta-feira, maio 09, 2007
A PRESENÇA DE DEUS

Quando criança basta uma simples oração para sentirmos todo fervor da presença de Deus. É como se um manto quente nos cobrisse e nos desse uma sensação de calor ideal: nem quente e nem frio. É com se fossemos encobertos por nossas mães, que permaneceriam ao lado da cama até que dormíssemos.
Contudo, com o tempo, esta sensação de fervor e paz que nos invadia a cada oração torna-se cada vez mais tênue e branda. E é exatamente nesse momento, quando passamos a ser considerados pessoas capazes de praticar, sozinhos, atos da vida cotidiana, quando passamos a responder por nós mesmos, quando adquirimos, dia após dia, mais responsabilidade e maturidade, que necessitamos despertar aquela criança que com o tempo adormeceu.
Torna-se necessário não só despertá-la, mas também alimentá-la, para que ela possa se fortificar com os dias, fortalecendo a nós mesmos. Precisamos, assim, buscar o alimento, e devemos buscá-lo em Deus, traduzindo-o em um grupo de orações, em uma igreja, na oração pessoal, e acima de tudo no afeto familiar, unindo então tudo isto para que possamos dar uma alimentação ideal a este menino que se chama Amor.
sexta-feira, março 23, 2007
O MELHOR DO MUNDO
Qual a melhor “coisa” do mundo? Muitos diriam que é sexo ou mulheres, ou, ainda, sexo com mulheres. Responderiam Deus, religião, conhecimento, amor, filhos, festas, etc.
A melhor coisa do mundo é realizar seus desejos! É realizar imediatamente o que se deseja. Assim, não há “a melhor coisa do mundo”, mas as melhores coisas. Poderia dizer-se, ainda, que há uma melhor coisa para cada instante. A cada novo momento algo novo, um novo desejo e uma possível nova realização.
Nada mais lógico diante do fato de que o homem vive em constante mutação.
Para um faminto, por exemplo, comer é a melhor coisa que existe. Para alguém com muita sede é a água.
Dessarte, a “melhor coisa” está intimamente relacionada com o desejo humano. E em virtude da essência do homem nunca será alcançada por completo. Haverá sempre algo novo a se realizar. O importante, então, é desvincular-se daquilo que não podemos controlar totalmente e vincular-se aquilo que depende única e exclusivamente de nós, só assim será possível viver provando sempre do melhor que a vida tem a nos oferecer, vivendo prazerosamente e evitando dissabores que muitas vezes levam a um caminho sombrio.
quinta-feira, março 08, 2007
AVÓS
Sobra, assim, a parte boa: presentinhos; passeios; mimos; etc.
Contudo, a convivência com os avós pode ser efêmera. Geralmente já os conhecemos velhinhos. Em média, pode-se afirmar que possuímos cerca de duas décadas para usufruirmos de nossos “grandfathers”. E o que são vinte anos quando presentes apenas na memória, quando já vividos?
Como já nos alertava Schopenhauer: “Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve.” Talvez por isso, nós, animais de tenra idade, não percebemos o quão ínfimo é esse prazo.
Justamente por isso é importante estarmos ao máximo com nossos ancestrais de segundo grau em linha reta. Eles podem não estar mais lá quando lembrarmos. Afinal, tudo o que é bom na vida se esvai com rapidez.
Talvez um dia, quando enfim nos ocorrer, não seja mais possível dizer “eu te amo”. Não haja mais oportunidade de deitar no colo da vovó, ou sorrir diante de um carinho do vovô.
Um dia, quem sabe, quando tivermos nossos próprios netos, poderemos perceber tamanha a importância dos nossos velhinhos, e quanto valor eles nos dão.
Por fim, quem sabe em algum momento de nossas vidas, nos perdoemos por termos deixado escapar tão extraordinárias oportunidades de estarmos com nossos “vozinhos” e “vozinhas”. E vendo nossos netos, o perdão será lançado, ao percebemos que o que sentimos por eles é tão intenso, que a suas simples existências já bastam para sermos felizes.
sexta-feira, março 02, 2007
HOMENAGEM À MULHER
Há milhares de anos Deus criou a terra, e junto com esta, o homem. Esse, ser supremo, superior dentre os animais, que tudo possuía, sentiu que algo lhe faltava.
O criador, percebendo sua inquietação, presenteou-lhe criando a mulher, um ser belo e cândido, fiel e sábio, cuja ternura o faz conhecer o bem e o mal mais prazeroso, o faz agir como criança e por muitas vezes alimentar uma tênue esperança de um dia ao seu lado viver.
Desde então, quantas “Evas” passaram, quantas lutaram, e venceram, e vencem, e provam a cada dia que o amor é um paradoxo.
Escravo? É certamente o homem! Pois quem pode livre ser, vendo-a com juízo sossegado, se o cupido que de olhos é privado, dentro de vossos olhos mora.
DIA 08 DE MARÇO. DIA DA MULHER.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
COMO SABER SE É FELIZ

Acredito que todas as pessoas possuem recordações de pelo menos um momento do qual lembra-se com bastante saudade, pelo fato de ter sido uma ocasião de felicidade enorme. Lembranças de uma época em que se foi feliz. Como quando, recordando algo, afirmamos: Ahhh, como era bom naquele tempo!
quarta-feira, janeiro 17, 2007
SE NASCESSE DENOVO

Se eu nascesse novamente, mais do que sou não queria ser!
Desejaria me chamar Edilson Santana Filho, ser filho de Edilson Santana Gonçalves e Maria José Dantas, ter como avós exatamente os que tenho, possuir como primos e irmãs aqueles que hoje os são, e família infungivelmente igual a que possuo hoje.
Quereria cortar a cabeça aos seis anos de idade, cair da bicicleta aos dez, me vestir de super-herói aos sete, ganhar o "meu primeiro gradiente" aos oito, viver na cidade de Missão Velha até os nove, ir com meu avô à fazenda durante a infância, e formular trocadilhos quando algo me inquietasse.
Aos doze aspiraria uma mudança à cidade de Juazeiro do Norte e logo após, à Fortaleza. Estudaria nos mesmos colégios que estudei, teria os mesmos amigos que ainda hoje tenho.
Nasceria na cidade de Barbalha; desfilaria fantasiado de "sete anões"; pularia de um carro em movimento; me apaixonaria inocentemente; poluiria a sala de aula com um líquido chamado “peido chinês”; torceria pelo Ceará Sporting Club; ingressaria no curso de Direito; e no dia quinze de maio de dois mil e quatro, por volta das vinte e três horas e meia, escreveria um pequeno texto dizendo que se algum dia viesse a mais uma vez nascer desejaria ser, certamente, o que hoje sou.
sexta-feira, janeiro 12, 2007
SALTE!
Um ao lado da porta direita. Outro ao lado da porta esquerda. Ambos no banco traseiro.
A conversa rolava a todo vapor entre os demais passageiros. Rebeca, a mais extrovertida, puxava os assuntos:
- Quem aqui quer ir tomar um sorvete?
- Olha o cachorro, seu louco. Quase que bate.
- De novo! Haa...
E os olhares dos que se encontravam nos limites do banco traseiro fixavam-se nos lados opostos da rua: um olhava para direita. Outro, para esquerda.
Faltava um salto. Tudo o que faltava era um salto de aproximadamente quarenta centímetros.
Passou a noite.
Passaram-se os dias.
E, assim, também os meses e os anos.
E hoje, depois de passada toda a vida, os dois arrependem-se dia após dia por não terem saltado.
PARADOXO DO SENTIMENTO

Despertamos com raios solares. É bem verdade que existem algumas exceções, como os bêbados e os poetas. Viram pra lá. Rolam pra cá. Enterram a cabeça no travesseiro. Mas acordam!
- Agora sim ela vai me procurar! Mulher é assim: Gosta é de ser deixada de lado!
- Há, mas quando ela me procurar. Vou dizer-lhe tudo o que ta engasgado aqui: Vou dizer que a esqueci. Que é tarde de mais. Que não significou nada para mim. Que vá embora e me esqueça. Que prefiro uma qualquer do que ela.
- E quando ela começar a chorar, e me pedir perdão. Quando disser que sem mim não vive. Que sou o amor da sua vida. Que prefere morrer a viver sem mim. Viro a cara e vou-me embora.
- Contarei pros meus amigos tudo de uma maneira hilariante. Escutarei minha secretária eletrônica na frente de todos para que escutem sua voz trêmula e seu choro. Configurarei meu e--mail para enviar suas mensagens diretamente para a lixeira do computador, e darei um jeito para que ela saiba disso.
Tentamos dormi. Não conseguimos.
As notícias que chegaram até nós, sobre ela, de maneira não identificável, ao longo do dia, começam a ser analisadas.
Relutamos.
Uma música. Um filme. E pronto. Mas uma vez escravizados estamos. Refletimos e pensamos se ela também está pensando na gente naquele momento. Refletimos mais um pouco. Passamos um bom tempo refletindo. Lembramos dos momentos felizes anteriores e porvir. Pensamos até mesmo na concorrência.
- Mas ele não é de nada! Afirmamos a nós mesmos.
- Contudo é bom não facilitar! Afirmamos subconscientemente.
Decidimos ligar. Ensaiamos a fala. Tomamos coragem. E notamos que já são duas horas da madrugada.
- Amanhã eu ligarei!
- Oi.
- Olá.
- Como Vai?
- To morrendo de saudades! Volta pra...
E despertamos no dia seguinte cheios de si, repetindo involuntariamente, para nós mesmos, nossa última vitória...